Padrões Open Geospatial Consortium – Parte 2

Hoje vamos dar sequência à postagem sobre padrões do Open Geospatial Consortium (OGC). Na primeira postagem dessa série vimos o que é o OGC e alguns comentários sobre as especificações WMS, WFS e WCS.

Agora vamos tecer algumas considerações sobre os padrões GML, KML e SLD.

GEOGRAPHIC MARKUP LANGUAGE (GML)

O objetivo da GML é oferecer um conjunto de regras com as quais um usuário pode definir sua própria linguagem para descrever seus dados, assim utilização do padrão GML permite a interoperabilidade entre dados geográficos.  Definindo como será o armazenamento e transporte de informações geográficas, incluindo propriedades espaciais e não espaciais das entidades geográficas.

O GML é usado também em serviços WFS para trocar feições entre clientes e servidores, servindo, portanto como suporte ao serviço WFS.

KEYHOLE MARKUP LANGUAGE (KML)

A linguagem XML (eXtensible Markup Language), como o próprio nome já diz, pode ser extendida  ou ampliada. O próprio padrão  KML da OGC é uma extensão de um XML utilizado pelo Google para tornar possível a visualização de dados geográficos nos seus famosos programas: Google Earth e Google Maps.

A estrutura do KML é baseado em tags como ocorre com arquivos HTML e XML comuns. Estas tags do KML tem os nomes e atributos usados para objetivos de exibição específicas. Em termos simples, notamos que o Google Earth e e o Google Maps funcionam pra os arquivos KML como como navegadores.

O KML depende de outros padrões para gerar a visualização de dados geográficos, pois na sintaxe do KML proveniente de um serviço de internet existe uma requisição WMS.

Hoje, o OGC e o Google trabalham em conjunto para aprimorar a implementação do KML, além de manter a comunidade informada das atualizações e avanços em seu projeto.

STYLED LAYER DESCRIPTOR (SLD)

A especificação SLD se refere à um arquivo XML que representa graficamente entidades geográficas (textos, pontos, objetos lineares ou polígonos.). Na linguagem SLD podem ser definidas regras que agrupam objetos em diferentes categorias e definindo para cada grupo um estilo diferente, por exemplo a simbologia de um WMS (estabelecer cores e rótulos) a partir de regras a serem definidas.

Programas de SIG, como o Udig, geram arquivos SLD de forma automática. Para executar este processo, basta adicionar uma camada WFS à uma visualização do Udig, fazer uma requisição ao servidor através de uma URL adequada e depois criar temas e rótulos de acordo com as necessidades da aplicação.

Enfim, esta foi uma breve consideração sobre alguns dos principais padrões da OGC (WMS, WFS, WCS, GML, KML e SLD). Espero que tenham gostado. Qualquer dúvida, entre em contato deixando um comentário.

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Anderson Medeiros

Anderson Medeiros

Graduado em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). É o autor do site https://clickgeo.com.br que publica regularmente, desde 2008, artigos dicas e tutoriais sobre Geotecnologias, suas ferramentas e aplicações.
Em 2017 foi reconhecido como o Profissional do ano no setor de Geotecnologias. Atua na área de Geoprocessamento desde 2005.

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2 respostas

  1. Boa explanação. Breve e objetiva.
    WFS, WMS e WCS são padrões baseados em webservices.
    GML, KML e SLD são formatos de arquivos que descrevem entidades geográficas.

    Parabéns.

  2. Anderson,
    Sou estudante de Geografia, e na minha busca por material de qualidade sobre Geoprocessamento, achei aqui no seu blog o que eu estava procurando.
    Parabéns cara.

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Sobre Anderson Medeiros

Ele já foi reconhecido como o Profissional do Ano no Brasil no setor de Geotecnologias. Graduado em Geoprocessamento, trabalha com Geotecnologias desde 2005. Já ministrou dezenas de cursos de Geoprocessamento com Softwares Livres em diversas cidades, além de outros treinamentos na modalidade EaD. Desde 2008 publica conteúdo sobre Geoinformação e suas tecnologias como QGIS, PostGIS, gvSIG, i3Geo, entre outras.

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