Software Livre versus Pirataria de Software – Parte 2

Na primeira parte desta série de postagens vimos algumas iniciativas contra a pirataria e a favor do uso dos softwares livres (SL), bem como os perigos camuflados pela pirataria de software e vantagens do uso de SL em todas as áreas, em especial no Geoprocessamento.

Veremos que alternativas há para substituição de softwares proprietários por programas computacionais livres, com destaque para os empregados no Geoprocessamento, para Sistemas de Informação Geográfica (SIG), banco de dados geográficos e mapas para web .

Softwares Livres no Cotidiano

De acordo com uma pesquisa que li certa vez (sinceramente, não recordo o endereço), os softwares mais pirateados no mundo são o sistema operacional Windows e o pacote de aplicativos do Microsoft Office.

As opções livres e gratuitas para estes dois programas também são dos softwares mais populares deste segmento, a saber o sistemas operacional Linux (com suas diversas distribuições) e o cliente de escritório BR-Office.

Deve-se notar que estes programas têm se aprimorado cada vez mais e apresentam funções que muitas vezes não são nativas dos famosos e caros proprietários. Por exemplo, há muitas versões atrás, o BR-Office já fornece a funcionalidade de conversão de seus documentos para o formato PDF, o que não foi implementado pelo correspondente produzido pela Microsoft.

No que se refere ao sistema operacional Linux, pesquisando um pouco você poderá encontrar a distribuição que mais se adequa ao seu perfil. Só para mencionar os nomes de algumas das mais populares, cito o Ubuntu (atualmente na versão 10.04), Fedora, Debian, Open Suse, e por ai vai.

Além disso, no sistema operacional já vem por padrão e/ou podem ser instalados facilmente uma série de programas equivalentes ao que se utiliza comumente em plataformas não livres.

Mas que opções há de softwares livres para Geoprocessamento? Vejamos.

Softwares Livres para Geoprocessamento

Como os leitores deste blog bem sabem, o Geoprocessamento envolve diversas tecnologias sendo que algumas envolvem coleta de dados, outras o processamento destes, ainda outras estão relacionadas a integração dos mesmos, etc.

Aqui destacarei algumas das opções existentes em relação à softwares proprietários para SIG / GIS (Sistema de Informações Geográficas), Banco de Dados Geográficos (BDG) e Processamento Digital de Imagens (PDI).

Entre os softwares proprietários para SIG Desktop se destacam os da família do ArcGIS e do MapInfo, programas realmente bons e que são capazes de fazer coisas fantásticas, mas que custam uma verdadeira fortuna. Três das opções possíveis são:

Creio que pelo menos 90% das demandas que possam surgir em um trabalho de Geoprocessamento à nível de trabalhos com SIG possam ser supridas com as ferramentas disponibilizadas por estes softwares. [Leia também: Como escolher um software de SIG]

Mas como você deve saber, sempre um programa se destaca mais em algum aspecto do que outro, e isso também ocorre com os softwares livres. Veja agora quais opções para quem deseja trabalhar com banco de dados geográficos, tendo em mente que o Oracle Espacial é uma das “alternativas” proprietárias mais utilizadas (embora existam outras):

No que se refere a programas proprietários para o PDI, um dos que mais se destaca é o ENVI. Excelentes opções em substituição a ele seriam o brasileiro Spring (que é de uso livre, mas não é open source) e o sistema GRASS.

A tabela abaixo resume o que foi comentado acima:

Tabela sobre Algumas Opções de Softwares Livres para Geoprocessamento

Vale destacar que estes de forma alguma são os únicos softwares livres e/ou gratuitos para Geoprocessamento, há muitos outros como o uDig, Diva-GIS, Saga GIS, MapServer, GeoServer, OpenLayers, etc.

Lembre-se de baixar uma apresentação em PDF sobre Geoprocessamento com Software Livre, neste link.

Sei que neste breve post não é possível comentar de forma aprofundada todas alternativas existentes, até por que são centenas! Mas fica ai alguma contribuição neste sentido.

Portanto pessoal: NÃO use Software Pirata! Não há necessidade!!!

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Anderson Medeiros

Anderson Medeiros

Graduado em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). É o autor do site https://clickgeo.com.br que publica regularmente, desde 2008, artigos dicas e tutoriais sobre Geotecnologias, suas ferramentas e aplicações.
Em 2017 foi reconhecido como o Profissional do ano no setor de Geotecnologias. Atua na área de Geoprocessamento desde 2005.

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4 respostas

  1. Anderson, parabéns pela matéria. Sou um admirador do seu trabalho, no qual tento sempre me inspirar. Mas vi uma detalhezinho no artigo que me deixou com a pulga atrás da orelha. Foi em relação ao Spring estar sendo considerado como Software Livre. Acho que ele é proprietário, com uso livre. O Spring respeita apenas 2 das condições estabelecidas pela FSF.
    No mais, tudo certo. Abraços.

    1. Olá Esdras, tudo bem?
      Agradeço os elogios e saiba que também considero que você venha dando uma excelente contribuição na área de Geotecnologias Livres.
      Sobre o detalhe mencionado por você: Embora eu tenha colocado o Spring na tabela como Software Livre me lembrei de indicar no decorrer do texto que “… o brasileiro Spring (que é de uso livre, mas não é open source) e o sistema GRASS”.
      Para evitar outros mal entendidos, em breve estarei alterando o cabeçalho da tabela. Obrigado pelo comentário oportuno.
      Um Abraço!

  2. A propósito deste programas livres, ontem, ao visitar o blog GeoSaber, fiquei sabendo de outro programinha muito bom chamado SavGIS. Não sei se você já o conhece, mas já o baixei e estou testando.

    Um abraço.

    1. Olá J. Carlos, tudo bem?
      Sinceramente, já ouvi falar do SavGIS, mas não tive ainda contato com ele. Acho que esse pode ser mais um pra minha lista. Com certeza vou estudá-lo e testá-lo.
      O que você está achando dele?
      Um Abraço!

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Sobre Anderson Medeiros

Ele já foi reconhecido como o Profissional do Ano no Brasil no setor de Geotecnologias. Graduado em Geoprocessamento, trabalha com Geotecnologias desde 2005. Já ministrou dezenas de cursos de Geoprocessamento com Softwares Livres em diversas cidades, além de outros treinamentos na modalidade EaD. Desde 2008 publica conteúdo sobre Geoinformação e suas tecnologias como QGIS, PostGIS, gvSIG, i3Geo, entre outras.

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