As Imagens do LANDSAT NÃO serão mais Gratuitas?!

Você sabia que as imagens do Landsat podem deixar de ser gratuitas? Este assunto polêmico é o tema de um dos nossos primeiros vídeo de 2019.

OS EUA QUEREM COBRAR PELAS IMAGENS LANDSAT

No GISday de 2018 realizado pela ClickGeo, em uma mesa redonda, com o tema “Tendências e aplicações do sensoriamento remoto”. O Prof. Dr. da UNEMAT Carlos Antônio da Silva Junior nos trouxe a atenção esse importante detalhe.

Veja detalhes no vídeo abaixo. Não esqueça de inscrever-se em nosso Canal do Youtube.

Ele citou que há alguns meses recebeu um e-mail do United States Geological Survey (USGS) onde havia uma pesquisa sobre quais características os usuários desejariam que fossem inseridas nos produtos das imagens do LANDSAT 9.

Dentre as várias perguntas, uma questionava se o usuário estaria disposto a pagar por uma imagem de acervo o valor de US$ 300,00 por cena! E por novas imagens um valor de US$ 900,00. Valores bem significativos levando-se em conta que em sua maioria, as pesquisas têm finalidade científica e acadêmica. Esta pesquisa estava, por assim dizer, sondando, para a saber da viabilidade da venda dessas imagens.

Alguns cientistas que trabalham com esses conjuntos de dados temem que mudanças no acesso possam prejudicar uma ampla gama de pesquisas sobre o meio ambiente , conservação, agricultura e saúde pública.

Um detalhe importante sobre a série de satélites Landsat é que o programa começou em 1972, estando atualmente no Landsat 8. Juntos, eles produziram o conjunto de dados de imagens de satélite mais antigo do mundo e documentaram décadas de mudanças globais. Outro fato curioso é que até 2008, os pesquisadores tinham que comprar imagens Landsat – e muitas vezes projetavam estudos para reduzir os custos de dados.

RESULTADOS DA DISPONIBILIZAÇÃO GRATUITA DO LANDSAT

Como o USGS passou a disponibilizar os dados gratuitamente, a taxa de download dos usuários saltou 100 vezes.

As imagens permitiram estudos inovadores de mudanças nas florestas, águas superficiais e cidades, entre outros tópicos. Uma pesquisa no Google Acadêmico por “Landsat” mostra quase 100.000 trabalhos publicados desde 2008.

Teremos que pagar pelas imagens do LANDSAT?

Determinada pesquisa do USGS com usuários do Landsat divulgada em 2013 descobriu que a distribuição gratuita de imagens Landsat gera mais de US$ 2 bilhões em benefícios econômicos por ano, o que supera em muito o atual orçamento anual do programa, que é de aproximadamente US$ 80 milhões.

Mais da metade dos quase 13.500 entrevistados eram acadêmicos e a maioria morava fora dos Estados Unidos.

O QUE PODEMOS FAZER?

Embora os satélites Sentinel-2, da Agência Espacial Européia forneçam imagens globais gratuitas, que são atualizadas a cada 5 dias, com resolução espacial de 10 metros, eles não podem igualar o recorde de 46 anos do Landsat. Essa série histórica não pode ser reproduzida.

E agora o que poderíamos fazer para que isso não venha ocorrer? Vamos usar o espaço para comentários aqui no post para discutir sobre isso. Queremos saber sua opinião sobre este importante tema.

Seguem abaixo os links para as fontes das notícias que usamos para produzir este conteúdo:

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Anderson Medeiros

Anderson Medeiros

Graduado em Geoprocessamento pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). É o autor do site https://clickgeo.com.br que publica regularmente, desde 2008, artigos dicas e tutoriais sobre Geotecnologias, suas ferramentas e aplicações.
Em 2017 foi reconhecido como o Profissional do ano no setor de Geotecnologias. Atua na área de Geoprocessamento desde 2005.

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3 respostas

  1. Mas pagar de 300 Us a 900 Us por uma imagem, pense! você terá de desembolsar 3400,00 RS por uma imagem e por um serviço que até o presente foi gratuito. Deve haver algum jeito de se evitar isso para o bem de todos….

  2. Não sou contra a que sejam cobradas, discordo sim dos valores; são muito altos. Sugiro algumas alternativas, caso deixem de ser gratuitas, que podem acontecer em paralelo ou individualmente:
    – valores menores que o sugerido;
    – gratuidade para o meio acadêmico (estudantes, professores);
    – para os demais, gratuidade para o primeiro acesso;
    – ou um preço menor, no segundo caso e no terceiro caso.

  3. Olá, Anderson. Olá pessoal!!!!
    Sou à favor do pagamento. Explico: A uma arrecadação pode possibilitar aprimoramento de tecnologia e (no futuro, teremos imagens de satélite de outros astros) disponibilidade de recursos mais específicos. Sem interpretações muitas vezes”viciadas”, a qualidade das conclusões pode ser significativa. Abraço. Indio.

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Sobre Anderson Medeiros

Ele já foi reconhecido como o Profissional do Ano no Brasil no setor de Geotecnologias. Graduado em Geoprocessamento, trabalha com Geotecnologias desde 2005. Já ministrou dezenas de cursos de Geoprocessamento com Softwares Livres em diversas cidades, além de outros treinamentos na modalidade EaD. Desde 2008 publica conteúdo sobre Geoinformação e suas tecnologias como QGIS, PostGIS, gvSIG, i3Geo, entre outras.

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