As Bases de Dados Geoespaciais têm ganho cada vez mais espaço em atividades ligadas ao Geoprocessamento. Você sabe o que é um Esquema Conceitual de Dados Espaciais? Entende a importância deste tipo de esquema para um projeto de Banco de Dados Geográfico? Nesta matéria você encontrará uma série de dicas práticas para adequada estruturação de sua modelagem conceitual.
Este artigo é um Guest Post elaborado por Pedro Guidara Junior, engenheiro cartógrafo, criador do blog GeoDICAS e do Curso Controle de Qualidade de Mapas e Dados Espaciais.
DICAS PARA SEU ESQUEMA DE APLICAÇÃO
O Esquema de Aplicação ou Esquema Conceitual de Dados Espaciais é resultado da Modelagem Conceitual.
A Modelagem Conceitual deve ser uma das primeiras etapas do Projeto de Banco de Dados e deve especificar:
– As entidades no caso de Modelo Entidade-Relacionamento (MER), ou classes de objetos/campos no caso de modelo orientado a objetos;
– As classificações, agregações, generalizações, especializações das classes de objetos;
– Os relacionamentos espaciais (topológicos) e não espaciais entre estas classes expressos num de diagrama de classes;
– Os atributos das classes de objetos;
– As especificações cartográficas (escala, o sistema de projeção cartográfica e datum) em cada classe de objeto;
– Domínio espacial (pontos, linhas, polígonos e textos) para cada classe de objeto;
– A validade temporal (tempo do evento) destas classes de objeto;
– As tolerâncias de qualidade da cada classe (acurácia de posição absoluta, incerteza de atributos, nível de completeza dos dados);
– Universo abstrato de todas as classes de objeto.
Para elaborar seu esquema a dica é utilizar o modelo OMT-G e estendê-lo para incorporar elementos de qualidade como acurácia de posição, universo abstrato, escala, sistema de projeção e datum. O Esquema de Aplicação pode ser expresso por meio de tabelas e de um diagrama de classes.
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3 respostas
gostaria de manter contatos com pessoas da area de geoprocessamento para futuras parcerias na area
Mantenha contato Lucas, será um prazer.
Abraço!
Boa tarde, costumo seguir o seu Blog.
Hum, até hoje, não a fazia minima ideia que no Lêxico Português existia a palavra “acurácia”.
Presumo que é uma tradução literal do inglês “accurate”…
Percebi o que significava a palavra só depois de imaginar a mesma em Inglês…
Não seria mais correcto “exactidão” (acho que com o Novo Acordo Ortográfico fica “exatidão”)?
Como se trata de um termo técnico, não se devia seguir a palavra justamente usada para o descrever? Sinceramente, parece uma palavra inventada quando não existe a tradução para a mesma. Mas problema é que existe tradução…
Quando tive Inventário Florestal o que me ensinaram (e o que encontrei na bibliografia) foi “Precisão e Exactidão”…
Espero não ter sido rude mas já li algumas coisas em trabalhos de Mestrado e mesmo Doutoramentos na área dos Sistemas de Informação Geográfica que me arrepiaram… E apenas consegui compreender o que diziam procurando a palavra no inglês… Quando a tradução existia…
Bom tabalho e obrigado pelos sempre úteis posts.